domingo, 12 de junho de 2011

Daqui por diante.



Sob o efeito anestésico da perplexidade de ter que enfrentar novos ventos eu confesso que nem encontro tanta inspiração para compartilhar as minhas divagações, mas queria muito poder exprimir o quão confuso o futuro parece para mim.

A cada amanhecer, tenho certeza que não faço a menor ideia do que estar por vir, e nem sei exatamente o que desejar de um futuro que me parece cada vez mais próximo.

Para que tudo isso não soe como uma espécie de diário eu prefiro falar do que me move daqui por diante e que sempre o fez. O que me move a muitos anos é o desejo de ser motivo de orgulho para os meus. Meus amigos, minhas irmãs, meus parentes, as pessoas que admiram o trabalho que realizo, minha noiva, mas principalmente meus pais. É isso que me faz levantar da cama todos os dias e dizer para mim mesmo que vale a pena. É através desse combustível que minhas engrenagens se movem.

Me lembro como se fosse há poucos minutos de cada vez que vi os olhos de meus pais brilharem por um feito meu que os desse orgulho, talvez eu me lembre por terem sido poucas as vezes que isso ocorreu, mas prefiro crer que essa memória é mesmo fruto da importância que essa cena tem em minha mente, do quanto isso significa pra mim, e é por esse tipo de memória que guio meus passos.

Meu pai leu para mim quando eu era ainda muito novo o salmos128, que retrata sob a óptica do salmista, qual o modelo familiar segundo o coração de Deus, dignidade do fruto do trabalho, do individuo honrado, a beleza da família reunida à mesa. Sei que ele conheceu esse salmo ainda bem novo e que isso regeu os sonhos dele, sei também que ele teve êxito na realização desse propósito e que certamente o deseja para mim. Só eu sei o quanto desejo isso para minha vida, minha parceira para sempre e meus prováveis futuros filhos, mas o desfecho disso tudo só o amanhã poderá dizer.

O que esperar do amanhã? Brilho nos olhos de todos nós, consciência cristã em cada passo e amor compartilhado sem reservas, porque o amor é o combustível que não cessa, é alimento que farta na casa do bom de coração, é sorriso de criança e de idoso, é esperança, é o próprio Deus, segundo nossa boa vontade, tomando as rédeas de nossas vidas.